22 de agosto de 2006

terra estrangeira

estar de volta ao Rio é uma sensação estranha...

em paris você se sente bem... a cidade é linda, você tem planos para todos os dias e se sente seguro para realizá-los. munido de um mapa e mais algumas poucas informações que podem ser obtidas na internet, você se torna bastante independente. a cidade não é tão grande quanto se pode pensar e se perder também não chega a ser de todo mal porque a menor ruazinha, a mais sem graça que eles tiverem, pra gente ainda pode render uma foto sensacional (pra quem tem o dom). e (pasmem!) existem parisienses muito simpáticos... essa regra parece tem muitas exceções...

mas ao mesmo tempo você fica o tempo todo com uma sensação de que você não é de lá. eu sei, você não é de lá mesmo, mas é impossível disfarçar isso, mesmo se esforçando muito. tá na sua roupa, no cabelo (no meu caso principalmente), na cara de perdido, no não andar rápido, no não olhar pro chão...
depois de algum tempo é cansativo se sentir assim e você passa a querer, que nem o E.T., a voltar pra casa.
voltar pro rio de janeiro não é o sonho dourado de ninguém depois de 10 dias de paris, verdade. meu menos ainda. eu ão gosto de ter que morar aqui. essa cidade e a minha personalidade vivem dando de 2 a 0 na minha estabilidade emocional. além do que, voltar pro rio significa voltar a trabalhar, por mais um ano antes de poder tirar férias de novo. e isso não bom at all.
mas mesmo assim, estar aqui tem esse sentimento de estar em casa. isso é estranho, mas é bom. é o que faz com que eu sempre tenha vontade de visitar paris, mas nunca (tá bem, quase nunca) de morar lá.
eu não quero levantar grandes questionamentos a respeito do que faz a pessoa se sentir em casa ou não (não dessa vez, pelo menos), mas definitivamente, lá não é "casa" pra mim, e aqui é.

hummm... q merda!

2 comentários:

Anônimo disse...

me lembrei do desenho do pica-pau com o tio scroge:
"por pior que seja, não há lugar como o lar"
cfom o pica-pau queimando a ultima foto do tio milionario na lareira do seu barraco e uma estalactite de gelo descendo de seu nariz.

Anônimo disse...

O jeito é a gente descansar das agruras da terrinha lá em Paris. Eu pelo menos já estou planejando a próxima ida, os lugares que eu quero rever e dos quais já estou com saudade.