Eu não sei se eu não gosto do meu estilo de vestir ou se eu nem tenho um. Eu vivo de calça jeans, blusinha, aquela coisa beeeeeeeeeem básica meeeeeeeeeeeeeesmo. Nada que diga algo sobre mim mesma, nada de extravagante ou notável...
Na verdade eu tenho um estilo, digamos, virtual. Ele existe na minha cabeça e, até, em algumas das coisas que eu de fato tenho em casa. O problema é que eu tenho também um medo enorme (nada virtual) de chamar a atenção. Medo, vergonha... Não sei bem o que é. Eu sei, que na hora de escolher entre uma coisa que eu acho muito legal (e que às vezes só chama atenção mesmo na minha cabeça) ou uma que vai me deixar totalmente imperceptível aos olhos alheios, a minha opção quase sempre é a segunda.
Tá certo que esse meu pseudo-estilo e minha carteira não combinam muito também... Acabo comprando coisas que não são bem o que eu queria, com planos para uma futura adaptação caseira (que praticamente nunca acontece) e fico eternamente insatisfeita com a minha falta de estilo que acaba se transformando no meu estilo em si.
OK. Eu sei que tem "gente" que freqüenta esse blog que vai dizer que mulher nunca tá satisfeita com nada mesmo. Mas eu tenho esperança de que isso faça parte da ignorância masculina sobre o sexo oposto e que mulheres satisfeitas e bem resolvidas possa ser uma meta atingível e não figuras da minha imaginação.
E isso acaba tendo outros desdobramentos tipo discutir esse assunto TÃO relevante com os outros num blog, ou ficar imaginando se eu gasto o meu tempo de terapia pra discutir essa questão ou não...
Enfim...
Tem alguma mulher satisfeita e bem resolvida que possa me dar alguma dica sobre ousadia na indumentária e que freqüente esse blog e que tenha saco de comentar e que... nah... isso não existe! ou existe? Será que só eu que sou assim? Ainda bem que tem terapia essa semana...
Sem nenhum motivo consciente, começou a seguir desconhecidos pela rua; escolhia alguém ao acaso, quando saía de casa, de manhã, e permitia que essa escolha determinasse aonde ela iria pelo resto do dia. Tornou-se um método de ter acesso a novas idéias, de preencher o vazio que parecia haver tragado Maria. Por fim, começou a sair com sua câmera e tirava fotos das pessoas a quem seguia. Quando voltava para casa, de noite, sentava-se e escrevia sobre os lugares aonde tinha ido e sobre o que havia feito e, a partir dos itinerários daqueles desconhecidos, conjeturava acerca de suas vidas e, em certos casos, compunha breves biografias imaginárias. Foi mais ou menos assim que Maria começou, meio que por acaso, a sua carreira de artista. 
