29 de setembro de 2006

Leviatã

Sem nenhum motivo consciente, começou a seguir desconhecidos pela rua; escolhia alguém ao acaso, quando saía de casa, de manhã, e permitia que essa escolha determinasse aonde ela iria pelo resto do dia. Tornou-se um método de ter acesso a novas idéias, de preencher o vazio que parecia haver tragado Maria. Por fim, começou a sair com sua câmera e tirava fotos das pessoas a quem seguia. Quando voltava para casa, de noite, sentava-se e escrevia sobre os lugares aonde tinha ido e sobre o que havia feito e, a partir dos itinerários daqueles desconhecidos, conjeturava acerca de suas vidas e, em certos casos, compunha breves biografias imaginárias. Foi mais ou menos assim que Maria começou, meio que por acaso, a sua carreira de artista.

Leviatã - Paul Auster

4 comentários:

Roberta Portas disse...

bel... acho que como maria vc começou esta vida de blog... e está indo muito bem!!!

Anônimo disse...

eu teria medo se alguém me seguisse tirando fotos...

Anônimo disse...

Não, Bruno, você seria quem persegue ;)

ana k. disse...

Bel,
Você me deixou avexada com seu comentário lá no blog... sou nada não, menina.
E fiquei surpresa de encontrar Auster no seu blog. Mais uma coisa em comum?
Eu adoro este livro. E todos os que eu li dele.
Beijos e também muitas saudades.
Ana